29 dezembro 2007

Delírio de final de ano


Pesquisando é que se aprende

Nas minhas andanças esta semana pela web encontrei um texto muito interessante que fala de um pedaço da história do Brasil que muita gente nem pensa, nem sonha existir.

Eu que penso o tempo todo em um mundo melhor, trato de fazer a minha parte.

Esse mundo melhor passa necessariamente pelo conhecimento, pela educação, pelo utilizar de todos os meios ao nosso alcance para interagir com o mundo que nos abriga.

Passa necessariamente por nos posicionarmos de modo firme pelas coisas nas quais acreditamos.

A forma como enxergo o mundo determina exatamente aquilo que vou viver.

É da minha capacidade de interagir conscientemente com as capacidades que me rodeiam que vou construindo uma realidade mais rica próspera, saudável e abrangente.

O mundo que nos abriga é diverso, plural e eloqüente não cabendo nenhum tipo de suposição reducionista.

Talvez eu não possa, realizar de maneira satisfatória todas as minhas vontades, talvez eu apareça na primeira página do google ou venha a cavalgar em camelos (ou seria camelar). Sou profeta de meu próprio caminho o construtor da realidade que vivo.

Tôsco é qualquer julgamento que não viveu a experiência. Achismos são preconceituosos, é preciso ter vivido na pele, ou ser muito sensível para perceber.

A minha alma artística, divaga, filosofa, bloga, reflui, transborda

22 dezembro 2007

To blog or not to blog

Em sua coluna no Comunique-se de ontem (21) Milton Coelho da Graça, veterano jornalista convoca os blogueiros a criarem uma agência de blogs, e relata algumas experiências blog-jornalísticas lá nos "States".

Por aqui tenho discutido com amigos a importância de se fazer intercâmbio de informação. Embora não pareça, o Brasil é um país culto, só que está escondido num ranço colonial sub-desenvolvido que reputo ao inconsciente coletivo.

Numa época em que tanto se fala e escreve sobre diversidade, que mal há em ampliar a diversidade e comentar e estudar um pouco sobre tudo o que nos rodeia?

De cinema a rock, de culinária a religião, como ouvintes e leitores porque uma atitude aparentemente passiva pode enriquecer muito nossa cultura e ampliar bastante nosso campo de visão da vida.

Por outro lado o preconceito, vai sempre nos roubar a oportunidade de experimentar novidades.

E claro, tudo com muito bom-senso, que aliás é o tempêro perfeito prá tudo na vida.

Aquele Abraço

21 dezembro 2007

Em busca da mulher pelada

Usei a expressão "falta a mulher pelada" como ironia, para a falta de criatividade dos que estavam ao meu redor, em especial do ponto de vista profissional.

Sempre que alguém aparecia com aquela ideiazinha sem graça, ou por preguiça ou por falta de entendimento eu usava a expressão.

Nunca gostei do óbvio, nunca sofri de normose (aquela coisa normal sem modulação) que meu apreciado Roberto Crema cita muito nas suas falas.

Dia 19 de dezembro troquei altos papos com gente que estava no Paraná, em Santa Catarina e em Minas Gerais pelo MSN (acho que não esqueci ninguém) em torno de um assunto que me persegue há muito tempo.

Visibilidade

Essa tempestade de idéias ou o Sweatshop como propôs meu amigo Kauffmannn criou um encadeamento de idéias bastante saudável. Falamos muito eu o Mairo, a Ingrid e o Alexis, sobre qualidade, sobre fazer bem feito, sobre substância.

Falamos sobre Akira Kurosawa esse grande cineasta japonês, falamos Sobre Sidney Poitier e seu "Ao mestre com carinho" falamos sobre pizza e sobre valorizarmos nosso trabalho e evidenciarmos nossos talentos.

Legal, você pode até não estar entendendo nada, mas nós quatro ali começamos a perceber que tem gente pelo mundo todo, pedindo por mudanças, pedindo uma nova ética, um novo conceito de liberdade.

Legal - Feliz Natal prá todo mundo que curte o Natal e Próspero Ano Novo ao estilo

Norton Nascimento morreu

Eu sou fã do seu trabalho. Apreciava muito o estilo de interpretar. Descanse em paz Norton

20 dezembro 2007

Panis et Circensis

Interesses difusos andam enchendo algumas reuniões que freqüento. Crescem na mesma proporção os participantes quanto mais farta for a mesa. Não interessa muito o que será discutido, mas o cardápio.

Disfarçados de gente preocupada com os destinos da nação, do aquecimento global, das comunidades desassistidas, da coleta seletiva de lixo, dos direitos das minorias que se mostram cada vez mais maiorias, importa mesmo é o rega-bofe.

Na falta de outro argumento as bolas da vez são o Natal e o Ano Novo, profundamente descaracterizados e servindo de trampolim para toda sorte de mazelas e apelos sentimentalóides político-eleitoreiros, marqueteiro-propagandísticos tornando-se festas sem propósito.

No Japão de antes da II Guerra Mundial não havia Natal, um costume levado pelos soldados norte-americanos. Nessa época do ano a Terra do Sol Nascente é marcada por solenidades diversas, rituais e celebrações. O Shogatsu não se parece em nada com o que temos por aqui. Aqui temos agora o Rap das Armas.

O Brasil está sem identidade, sofrendo de anomia social com o povão sendo conduzido pela mesa mais farta. (leia-se, distribuição de guloseimas absolutamente desprovidas de valor energético). As insurgências nascem desse estado apático de coisas, onde todo mundo sabe o que precisa ser feito e ninguém faz nada.

O modelo velho se estrebucha, tentando de todo jeito um modo que coopte adeptos para sua causa, mas a raíz dos problemas não é atacada.

Julgar o status quo do agora é passível de leviandade, toda mudança é dolorida e confusa e se éramos como criança imberbe e inocente, agora na adolescência, sofremos as dores do crescimento, desengonçados, questionadores do porque tudo não é mais como antes. Só em retrospectiva poderemos avaliar com mais precisão.

Na infância bastava um pirulito, um confeito colorido e nossas inquietações emocionais eram sossegadas. Na adolescência essas inquitações são "sossegadas" com shows megalômanos e muito barulho e álcool

Na idade adulta corremos atrás do dinheiro e da realização material e depois da satisfação interior. Será que daqui há alguns anos, teremos adultos?

Ainda estamos na infância, muitos pirulitos são distribuídos, por "zelosos papais" que não querem que reivindiquemos coisas mais substanciais. Continuamos com o "Papai do Céu" está te olhando para afugentar nossas birras.

Consciência é mais do que isso. Oxalá saibamos quebrar os velhos paradigmas de forma pacífica, ou quase.

De qualquer forma, espero que o Brasil entre em 2008 e quero dizer com isso "Nós os Brasileiros" com propósitos renovados, com espírito mais crítico e com conhecimento de causa. Kinga Shinnen ( Desejo um Feliz Ano Novo prá vocês). A outra opção é continuar na base do "Panis et Circensis".

Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra? (Marco Túlio Cícero)

jornal web Farol Comunitário

Pode acreditar

Tudo vale a pena se a alma não é pequena - Fernando Pessoa